Primeiramente, permitam-me que eu, homem, possa escrever sobre o Dia da Mulher. Tomei a liberdade de o fazer, correndo riscos sérios de sair completamente ao lado. Provavelmente, é isso que vai acontecer.
Apesar de ter sido reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas em 1975, o dia 8 de março tem sido uma data relevante para as mulheres em todo o do mundo. Há mais de um século que as mulheres lutam por melhores condições de trabalho, igualdade de direitos, ou reconhecimento social e político.
Normalmente este é o dia em que a opinião pública faz uma reflexão mais profunda das desigualdades entre homem e mulher, sobretudo em contexto de trabalho. Venho acompanhando, com satisfação, que o tema já não é tratado apenas de forma sazonal. Aos poucos, começa a ter maior voz. Há sinais de progresso.
Não vou falar sobre questões mais sensíveis como a violência doméstica. Os números falam por si. Logicamente, repudio qualquer tipo de exploração física e mental sobre qualquer ser humano, sobretudo quando a força física impera sobre a fragilidade.
Aquilo que posso transmitir com alguma acuidade é a minha visão sobre as mulheres em contexto de trabalho. Essencialmente, na valorização das suas competências.
Dizer que uma mulher pode fazer o mesmo trabalho de um homem é verdade, salvo raras exceções. Tal como o contrário. No entanto, considero que as mulheres conseguem oferecer uma visão sensorial que a generalidade dos homens não consegue. Contudo, esta é uma análise puramente empírica.
O empoderamento das mulheres na sociedade tem permitido uma maior integração em contexto empresarial. Isso é bom, para todos. Promover uma igualdade de oportunidades benefecia as pessoas e as organizações.
Das minhas vivências, posso afirmar que as mulheres são estrategicamente mais organizadas, mais metódicas, e também mais profícuas. Se quisermos, também, julgo que as mulheres são mais hábeis a dar “aquele toque final”.
Contudo, reconheço que há um caminho muito longo a percorrer, sobretudo quando se trata de posições com muito poder. Ainda assim, algumas empresas começam a assumir políticas de equidade salarial e de oportunidades, com resultados muito positivos na produtividade e na retenção de talento.
Por certo, se continuarmos a ter estruturas organizativas machistas e antiquadas, as desigualdades vão persistir. Cabe-nos a nós, em casa e junto da sociedade em geral, lutar contra este estigma.
Viva as mulheres!
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